Veja fotos de nossa chácara no rodapé desta página.
Periodicamente, a Amigo Animal organiza mutirões de banho e carinho nos cães que abriga, nos meses em que está calor em Curitiba, e nos meses mais frios as pessoas são convidadas a ajudar na limpeza da chácara e no carinho aos cães, para que interajam com o ser humano de forma a deixá-los sociáveis e doáveis, perdendo o medo característico pelo histórico de maus-tratos e abandono.
Verifique no link Eventos quando será o próximo mutirão ou aguarde as próximas publicações, para você poder participar e conhecer nossos cães e nossas instalações.
As visitas individuais não são mais permitidas, pois atrapalham a limpeza e o desempenho das atividades da chácara, visto que lá poucas pessoas moram e trabalham e não possuem tempo nem condições de atender aos visitantes, sendo necessária a presença de um de nossos voluntários guiando-os nos dias de visita nos mutirões.
Aproveite e leia abaixo nosso artigo sobre a superpopulação de cães em nossos canis e nas ruas de Curitiba e região:
PORQUE NÃO PODEMOS RECOLHER NOVOS ANIMAIS, PRINCIPALMENTE FILHOTES
A Amigo Animal, em 11/2005 em Curitiba-PR, apoiou, juntamente com outras entidades, o fechamento da terrível e temida câmara de gás (fechamento ordenado pelo Ministério Público do Paraná, e não pelas ONG´s como erroneamente é divulgado pela Prefeitura e imprensa).
Esta câmara de gás matava anualmente mais de 5000 cães retirados das ruas pela famigerada carrocinha. Nunca fomos contra a captura dos animais pela Prefeitura (desde que capturados de modo humanitário, e não brutal), pois entendemos que este órgão público deve sim capturar os animais, castrá-los e encaminhá-los para adoção, tarefa que tem sido absorvida com muito custo pelas entidades de proteção e protetores independentes, e todos estes possuem escassos recursos e nenhuma ajuda da Prefeitura.
Porém, na época do fechamento da câmara de gás, a Prefeitura foi alertada de que, obrigatoriamente, deveria implantar o programa de castração obrigatória, com projeto de Lei e não somente programas temporários, principalmente em comunidades mais carentes, o que não ocorreu até hoje. Já existe uma lei municipal sobre o assunto, que até hoje não é cumprida pela Prefeitura de Curitiba, e precisamos que a sociedade exija deste órgão o imediato cumprimento desta lei, caso contrário o problema da superpopulação ficará caótico, todas as associações estão lotadas e sem nenhuma capacidade de ampliação de atendimento, e não haverá como ter outra solução a curto prazo. A tendência é que os abrigos particulares como a Amigo Animal não resistam por muito tempo e fechem, por falta de apoio público e pelas doações cada vez mais escassas.
Então, diante da inércia do poder público, muitas pessoas nos ligam diariamente, ou passam e-mail, perguntando se podemos abrigar novos animais em nossa chácara.
Por mais que a situação financeira da Amigo Animal seja estável (o que depende do esforço diário de nossos voluntários), o que temos conseguido com muita luta diária, pedindo doações e realizando eventos quase que semanalmente, permitir a entrada de novos animais comprometerá o orçamento já tão apertado atual, que está permitindo alimentar somente uma vez por dia os cães abrigados, com ração de média qualidade, com pouca proteína, mas não permite muitas melhorias nem novos investimentos por nunca haver sobra de caixa para tal.
Alguns abrigos precisam de reparos, os cães doentes pelas viroses consequentes da superpopulação não têm local adequado para tratamento e quarentena, imaginem então se novos cães vierem a dividir o espaço tão pequeno existente. Em dias de chuva com vento, nem todos conseguem se abrigar pois os canis são coletivos, de forma que realmente não há mais espaço disponível pelo menos até que consigamos doações para construção de novos canis.
Algumas pessoas querem contornar esta situação dizendo que doarão mensalmente a ração consumida pelo cão. Um cão não sobrevive apenas de ração, ele precisa de atendimento veterinário, abrigo adequado, medicamentos, vacinas, vermífugos, funcionário para limpeza, enfim, quem tem um cão em sua casa sabe exatamente todos os custos envolvidos.
E o mais importante, é preciso entender que este novo animal precisa de um lar definitivo, com alguém que possa lhe dar carinho e atenção exclusivos.
Além disto, um cão adulto abrigado em nossa chácara dificilmente será doado, de forma que a Associação obrigatoriamente o manterá até o fim de sua vida, o que pode levar de alguns meses a até 15 anos, dependendo do animal. E temos certeza de que estas pessoas não terão condições nem interesse em sustentá-lo por todo este tempo, mas devem entender que não é justo nem para com os cães já abrigados, que terão que dividir seu alimento e espaço, nem para as pessoas que atualmente nos fazem doação, as quais terão que aumentar suas contribuições em vista de outras pessoas que não entenderam o objetivo.
Outras pessoas nos ligam alegando que, por sermos uma entidade de proteção animal, temos obrigação de recolher este ou aquele animal, ou alguns até dizem que temos que recolher todos, porque esta é a finalidade de nossa chácara. Primeiramente esclarecemos que todos os membros da diretoria, do conselho fiscal e colaboradores em geral, são todos voluntários na Amigo Animal, nada recebem pelo serviço, muito pelo contrário, doam muito do seu tempo e recursos financeiros, e todos trabalham em suas profissões regulares durante o dia e às vezes à noite e finais de semana. Mas todos encontram tempo para se dedicar aos animais abandonados, não se omitem perante a situação que está presente em toda Curitiba com relação ao desrespeito e abandono aos animais.
Além disto, somos uma entidade particular, a chácara onde os animais estão abrigados é de propriedade da Família Misga, que foi quem iniciou todo o trabalho em 1995, não recebemos nenhum centavo de nenhum governo e de nenhum órgão público, todas as doações são de pessoas físicas (inclusive os créditos das notas fiscais), complementadas com recursos dos próprios membros da diretoria, além das receitas advindas dos eventos mensais que fazemos, venda de produtos da grife Amigo Animal, venda de artigos usados doados pelos colaboradores, etc.
Temos nossas limitações, com base no espaço físico existente e nos recursos financeiros disponíveis, e em nosso Estatuto está previsto que atenderemos tantos animais quantos estiverem dentro de nossas limitações, para que a estrutura criada não fique comprometida tanto física quanto financeiramente.
Diante destes fatos, realmente não temos obrigações a cumprir de ter que resolver todos os problemas que aparecem com animais abandonados, pois o trabalho que fazemos é de coração, realizado com a razão e bom senso inerentes a qualquer gerência de empresa.
Então, quando tiver algum problema com animal abandonado, ou mesmo se sinta obrigado (a) a doar o seu, por qualquer motivo, procure sempre a adoção por pessoas conhecidas, castre-o e anuncie-o para adoção com foto nos sites terceirizados (www.adotebicho.com.br, www.caopanheirocuritiba.com.br), espalhe cartazes por clínicas e pet-shops, na expectativa de encontrar algum possível interessado na adoção.
E, se o animal estiver em condições inadequadas de saúde, mesmo que o tenha encontrado na rua, antes de nos ligar procure encaminhá-lo primeiramente a uma clínica veterinária, pois a Amigo Animal não possui clínica nem veterinário à disposição, estamos sempre dependendo da boa vontade de terceiros nesta questão, e todo tratamento é pago, não há atendimento gratuito.
O problema da superpopulação de animais abandonados é público, não é culpa da Amigo Animal. Recebemos diariamente em média de 40 a 50 ligações, mensagens ou e-mails solicitando auxílio no abrigo de algum animal, abandonado ou com dono, e não temos aberto exceções, a não ser que o caso seja grave de saúde, desnutrição, atropelamento, bicheiras, etc, e quando a pessoa que nos liga não possui nenhum recurso nem físico nem financeiro para resolver a situação do animal.
É obrigação da sociedade e de todas as comunidades cobrarem dos homens públicos que ajudaram a eleger uma solução para esta questão, pressionando a Prefeitura de sua cidade, bem como todos os órgãos públicos envolvidos na questão animal, a implantarem efetivamente e definitivamente programas de castração obrigatória, principalmente em regiões mais carentes nas quais o precário acesso à saúde, educação e cultura dificultam o entendimento da guarda responsável, porém nestes casos a castração terá que ser gratuita e acompanhada sempre pela educação ambiental.
Diretoria da Amigo Animal